“Alguém aí que mate a banda”, canta-se a dada altura, no sétimo disco dos Linda Martini, o primeiro desde que, em 2023, comemoraram os primeiros 20 anos de vida, e também o primeiro em que Rui Carvalho (Filho da Mãe) integra a banda em estúdio. Ao contrário do que diz o verso – numa canção que cita Chico Buarque -, os Linda Martini estão longe, muito longe de qualquer conjugação que envolva a ideia de morte. A energia circula por aqui em alta voltagem, seja na formação clássica guitarra-baixo-bateria, seja na clareza e na força com que entoam estes versos de combate. Mesmo que, como na canção que glosa José Mário Branco, se diga que se “e a cantiga é uma arma, eu não quero andar armado”. A evidente pulsão política, também presente em “Faz-se de Luz”, passa, aliás, pela citação do nome maior do canto de intervenção, José Afonso”, com “Cão Tinhoso”. Um disco a prometer grandes momentos ao vivo.