Frank Sinatra - Nothing But The Best ******

Oh não! Outra colecção de sucessos de Frank Sinatra??? Mas as lojas não estão cheias disso? Estão, é verdade, e vão encher-se ainda mais. A Voz calou-se fez este mês uma década e, evidentemente, as editoras iam lá deixar passar esta oportunidade para vender, perdão, celebrar o talento imenso do maior cantor do século XX e arredores. Por isso, habituem-se
Mas na selva de reedições e compilações, nem todos os os gatos são pardos. Este disco, por exemplo, deve ser agarrado com as ambas as mãos. Por exemplo, por quem quer ter apenas um disco de Sinatra. Ou por quem quer ser apresentado como deve ser a Sinatra. Ou por quem comprou alguma dessas colectâneas apressadas que por vezes aparecem.
Nothing But The Best é isso mesmo, o melhor do melhor de Frank Sinatra. Os 21 temas deste disco foram gravados na década de 70 para a Reprise, a editora criada por Frank, após um período de desilusão com a Capitol. Na nova editora, ele tinha o comando artístico e escolheu quem bem quis para lhe escrever canções, fazer os arranjos ou acompanhar em estúdio. Regravou algumas canções, escolheu os melhores clássicos e subiu aos tops com algumas das canções com que mais o identificamos. São desta época, por exemplo, “Strangers In The Night”, ou “My Way”.
Ouvir Sinatra cantar como quem respira, embalado com orquestrações ora sumptuosas, ora de uma delicadeza extrema (“Bewitched”) – ouçam bem a orquestra de Count Basie em “Fly Me To The Moon” – é, acreditem, nas melhores experiências que a música nos pode oferecer.
Esta edição contém ainda um tema (“Body and Soul”), com arranjos contemporâneos para a voz gravada em 1984, e um DVD com um espectáculo de 1971. Tudo isto é tão bom que, nessa década de 70, Sinatra simplesmente desistiu de gravar.

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