Bem-vindos, então, à banda que gostava de ser U2 e Coldplay numa só. Isto é capaz de ser de uma enorme injustiça, mas ouçam “The Symphony” e digam lá se conseguem ouvir outra coisa que não as duas bandas. E a verdade é que, após seis discos, mais de uma década de estrada e um ou dois grandes sucessos, estes irlandeses, escoceses por adopção, não conseguem livrar-se dos fantasmas. Provavelmente, nem estão interessados. O resultado, como nos discos anteriores, é relativamente mediano, e a única novidade é a junção de umas camadas de electrónica às guitarras do costume. A especialidade da banda são as baladas de pendor épico com piano ao fundo. Como, por exemplo, “This Isn’t Everything You Are” ou “New York”, claramente pensadas para as coreografias dramáticas das actuações ao vivo. O mesmo destino, afinal, dos temas mais comerciais, como o típico “Called Out In The Dark”, um dos tais em que a electrónica dá um arzinho da sua graça.