Rita Redshoes


Diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és. Se cantares, oh oh, então dir-te-ei, não apenas quem és, mas quem gostarias de ser. Rita Redshoes gostaria de ser Tori Amos, mas isso já sabíamos dos discos. E gostaria de ser ainda PJ Harvey, Amélia Muge, Loretta Lynn, Lhasa de Sela, Joan Jett, Nina Simone, Dolly Parton, Joni Mitchell, Patti Smith, Sheryl Crow... Uff, tantas. E, claro, Rita gostaria de ser David Fonseca, mas isso também já sabíamos dos discos (e o nome estragava a série...). Gostar de ser tanta gente não tem mal nenhum, antes pelo contrário. “Gostar de ser” pode ser “apropriar-se de” e é isso que Rita Redshoes vai fazer numa série de espectáculos que vão correr o País e que começam em Lisboa, a 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Não por caso. O universo de Rita é assumidamente feminino e nestes concertos ela pretende homenagear aquelas mulheres que, de alguma forma, a influenciaram e fizeram despertar para a música. Pelo palco e pela voz de Rita vão passar canções como “Bad Reputation”, “Save Me”, “Ring Of Fire”, ou “Man Size”, em versões que, esperamos, juntem pelo menos um pouco de Rita a cada uma delas. Até porque há a promessa de uma “releitura dinâmica e surpreendente”. Isso, surpreende-nos Rita, que nós gostamos.