Vanessa da Mata - Canta Tom Jobim **


As canções de Tom Jobim são tão boas que servem para tudo. Para tocar e sussurrar no piano do hotel, ou para gravar obras de enorme sensibilidade e virtuosismo, como fatalmente fazem todos os grandes nomes da música brasileira. Vanessa da Mata não faz uma coisa nem outra e, tendo em conta os meios envolvidos, o balanço é bem frustrante. Por “meios” entenda-se, por exemplo, ter à disposição Eumir Deodato, um dos orquestradores de Tom, e Kassin, um dos produtores coqueluche do Brasil. O disco oscila, porém, entre alguns arranjos clássicos banais (“Desafinado”) e outros mais pop, mas igualmente banais (“Este seu olhar”), a piscar o olho às novas gerações. Mas se os arranjos e a produção não saem da mediania, o que dizer da interpretação? Nada como a interpretação de um clássico para expor a falta de ambição ou mesmo as limitações de uma voz. Este acaba por ser um bom disco para ouvir… no bar do hotel.

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