Pop dos anos 80 (“Fantasy Island”), coisas meio psicadélicas (“Painting a Hole”), valsas lentas e apaixonadas (“The Fear”), memórias da new wave (“Half a Million”) e mesmo um tema acústico, algures entre a country e a folk britânica (“Mildenhall”). Sim, este é um disco que, em apenas 11 canções, percorre quase toda a história da música popular das últimas décadas. Presume-se que a pretensão não seja demonstrar qualquer ecletismo ou virtuosismo, mesmo tendo em conta que tudo isto sai praticamente da mesma cabeça, James Mercer, o inventor da banda, já lá vai década e meia. O resultado, diga-se, é muito divertido, um objeto pop para dançar, sonhar, assobiar e todos os verbos demonstrativos da alegria que só a música pode desencadear. Estranho, este Mercer. Explosão de criatividade sempre que grava, sendo que grava muito pouco (o disco anterior data de 2012). É, portanto, de aproveitar.
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