“In and Out”, a segunda canção do disco, é um daqueles hits instantâneos capazes de encher uma pista de dança, estilo Tarantino. Bem ouvidas as coisas, a festa começa logo no primeiro tema, “Fire”, um delicioso pastiche do “Fever”, de Peggy Lee.
Explosões de ritmo atrás de explosões de ritmo, atravessando décadas. Do soul dos anos 60, ao punk e disco dos 70 (“Do You Want Me To”), às bandas soft rock dos 80 (“Fake Sugar”)... aos estádios do século XXI (“We Could Run”). Tudo isto servido por uma das mais potentes vozes dos últimos tempos, uma Adele turbinada (“Savoir Faire”).
Desfeitos os Gossip (1999-2015), os amores e outros sonhos, Beth Ditto atira-se a solo para um disco que só peca por ser talvez demasiado perfeito. Por exemplo, as baladas “Lover” ou “Love In Real Life” escusavam de ser tão expectáveis que roçam o sensaborão. Um pouco mais de ousadia e estava lá.
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