Frank Carter & Rattlesnakes - End Of Suffering ***

O último tema, título do disco, é uma balada acústica. Guitarra e piano, quase caixa de música, com sons de criança em fundo. O fim do sofrimento, eventualmente tentativa de ritual de passagem para qualquer coisa. O resto do disco é catarse pura, com Frank Carter a exorcizar demónios (“Supervillain”, “Little Devil”), separações, traumas avulsos (“Latex Dreams”). Nada de novo, apenas um pouco mais cinzento que o habitual. O resto é que já lhe conhecemos, desde os Gallows da década passada, mas especialmente desde o primeiro com os Rattlesnakes, em 2015. Um fundo e atitude punk (“Heartbreaker”), a atracção fatal pelo hard-rock (“Love Games” – deliciosa a citação explícita do “Losing Game”, de Amy Winehouse), para acabar numa certa banalidade das bandas de estádio inglesas (“Crowbar”). Por entre tanta evidência, as guitarras roucas de “Angel Wings“ assumem contornos de quase experimentalismo.

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