Angel Olsen - Big Time *****

“Chasing the Sun”, que encerra o disco, envolta em cordas, é um hino à felicidade. Na primeira pessoa. Do plural. E tudo isto são novidades em Angel Olsen. Bom, as cordas eram tudo em “All Mirrors” (2019). O resto, a companhia, a felicidade, essas, sim, são novidade. Este disco acontece na sequência de acontecimentos relevantes na vida pessoal de Angel – a assunção pública de um amor, a morte dos pais – e isso percebe-se a cada canção. Porque há canções de perda (“Right Now”), como antes, no início da carreira, mas agora também há aceitação, esperança e amor (“Big Time”). Há, portanto, uma riqueza temática que torna empolgante a audição e a descoberta, bem patente na complexidade de “Right Now”. Musicalmente, estamos perante um regresso ao country inicial, após a experiência orquestral de 2019 e o disco a solo de 2020. Correndo o risco do lugar-comum, esta é uma obra, talvez a primeira, de perfeita maturidade. Um novo capítulo.

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