A Orquestra de Jazz de Matosinhos tem encontrado nas colaborações uma porta de expansão da sua atividade, mas nunca se aventurara a trabalhar com alguém fora do jazz. A inquietação permanente de Rui Reininho tinha-o levado para experiências extra-GNR, mas nunca estivera à frente de uma big band. O casamento só não é mais feliz, porque sabe a pouco: apenas cinco das 12 canções que integram a aventura a solo de Reininho, “20 000 Éguas Submarinas”, de 2021. Passamos, então, de um registo quase totalmente eletrónico para um ambiente menos anguloso, mais quente, de certa forma, humanizado. “NamasTea” e “Fartos do Mar” são os dois temas em que a exuberância dos metais toma conta da cena, num jazz de recorte mais clássico, enquanto “Aqua Regia” mantém o registo experimental original, mas agora com outros instrumentos. A Paulo Borges junta-se agora Alexandre Soares e ainda Paulo Guedes. Um pequeno grande disco, nos 70 anos do Rui.
Sem comentários:
Enviar um comentário