A polícia volta sempre ao local do crime. Joan esteve no Lux em Outubro de 2009, acompanhada do multifacetado Timo Ellis e de um gravador de cassetes, para interpretar basicamente temas de um EP de circulação limitada, Cover, disco de versões, pois claro. E uma das curiosidades deste regresso ao local do crime é saber se agora, completamente a solo (o gravador não avisou se vinha), teremos direito a alguma revisitação de Bowie, Public Enemy, Hendrix ou... Britney Spears. Interessante, na medida em que seria uma espécie de re-revisitação, em registo piano e voz, tal como anunciado. Certo, certo é que esta apresentação a solo basear-se-á essencialmente no último disco, The Deep Field (2011), por sinal aquele em que houve maior preocupação de vestir as canções. É um disco bem mais luminoso que os dois iniciais de Joan As A Police Woman (Real Life, de 2006, e To Survive, de 2008), ambos marcados por sombras de tragédias familiares. Para a luz da obra mais recente muito contribui o trabalho colectivo dos músicos, acompanhando uma radical assunção da veia soul de Joan Wasser (ouça-se, por exemplo, “Chemmie”.) Se é fácil imaginar a encenação a solo de uma balada clássica como “Forever And A Year”, já a passagem a piano e voz do funk de “Run For Love” pode ser uma manobra surpreendente. O mais certo é que, mesmo só com piano, os corpos se deixem electrizar pela descaradamente pop “The Magic”, afinal o lado mais comercial de Joan.
Joan As Police Woman
A polícia volta sempre ao local do crime. Joan esteve no Lux em Outubro de 2009, acompanhada do multifacetado Timo Ellis e de um gravador de cassetes, para interpretar basicamente temas de um EP de circulação limitada, Cover, disco de versões, pois claro. E uma das curiosidades deste regresso ao local do crime é saber se agora, completamente a solo (o gravador não avisou se vinha), teremos direito a alguma revisitação de Bowie, Public Enemy, Hendrix ou... Britney Spears. Interessante, na medida em que seria uma espécie de re-revisitação, em registo piano e voz, tal como anunciado. Certo, certo é que esta apresentação a solo basear-se-á essencialmente no último disco, The Deep Field (2011), por sinal aquele em que houve maior preocupação de vestir as canções. É um disco bem mais luminoso que os dois iniciais de Joan As A Police Woman (Real Life, de 2006, e To Survive, de 2008), ambos marcados por sombras de tragédias familiares. Para a luz da obra mais recente muito contribui o trabalho colectivo dos músicos, acompanhando uma radical assunção da veia soul de Joan Wasser (ouça-se, por exemplo, “Chemmie”.) Se é fácil imaginar a encenação a solo de uma balada clássica como “Forever And A Year”, já a passagem a piano e voz do funk de “Run For Love” pode ser uma manobra surpreendente. O mais certo é que, mesmo só com piano, os corpos se deixem electrizar pela descaradamente pop “The Magic”, afinal o lado mais comercial de Joan.
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