Na contracapa, à antiga, recomenda-se: para fãs dos Violent Femmes, Bob Dylan, The Modern Lovers, Mac DeMarco, Real Estate, Lou Reed & The Velvet Underground. A enumeração dá pistas, mas baralha bastante. Dos VU há uma citação evidente em “New York”, dos Modern Lovers há a atmosfera de garagem, mas para Dylan nem uma vénia sobra. Este é um disco de assumidas influências, mas elas andam muito mais perto dos Stones (“No More Cryin’” parece saído de Aftermath), ou até dos Pink Floyd de Barrett (“Charlie’s Lips”). O disco, na realidade, poderia ter sido gravado em 1965, tal é o descaramento com que assume a sonoridade daqueles dias de beat, garagem e psicadelismo. Lucas Fitzsimons, com uma biografia à maneira (nascimento em Buenos Aires, juventude em LA com guitarra encontrada aos 12, viagem à Índia a coroar a adolescência) é a alma de tudo. Vamos ter que esperar por uma segunda aventura para perceber se o ano de 65 é ponto de partida, ou se não sai disso mesmo.
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