Começando pelo fim. “Kindling”, a base rítmica de “Kindling”, faz lembrar os Velvet Underground. Mais exactamente “Sweet Jane”. Mas as semelhanças ficam por aí. Essa é a máxima crueza musical que os Elbow concedem a si próprios, sendo que a postura vocal muito “cool” de Guy Garvey ajuda à comparação. A banda britânica mantém-se preferencialmente em territórios mais aveludados, de que é bom exemplo o tema de abertura, “Magnificent (She Says)”, no seu compasso muito certinho, dramatizado por umas cordas de banda sonora. O CD sela o fim de um silêncio de três anos, marcado por pequenas mudanças na banda e na vida dos músicos, o que se reflecte numa toada bem mais luminosa das canções. À qual nem sequer faltam as referências um tanto sarcásticas ao Brexit, em “K2”. O resto são as pequenas histórias (“Little Fictions”), com o amor no centro, e espirais de som em redor (“Firebrand & Angel”, por exemplo).
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