“Sway”, a rumba que Dean Martin imortalizou, é aqui quase eternizada, numa langorosa versão de mais de seis minutos, em que, à vez ou em diálogo, piano, guitarra, baixo e bateria dizem o que têm a dizer, antes que toda uma orquestra por ali irrompa a abrir caminho a um pequeno solo de violoncelo. É Diana Krall em grande, num disco que marca o regresso aos standards e ao jazz. Um disco que apela à intimidade, à volta de temas que cantam o amor feliz. As canções sucedem-se em trio, quarteto e orquestra, sempre com espaço para o improviso, com destaque especial para a guitarra de Russel Malone. “No Moon at All” e “L-O-V-E” são os temas em que o jazz mais se expõe, especialmente na segunda, em que Krall mostra que é tão boa no piano como na voz. Um 13.º disco que revela a artista num ponto particularmente alto, em que casa na perfeição o rigor da interpretação com um à-vontade notável na encenação das canções.
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