Sim, podíamos ouvir os originais, mas não seria a mesma coisa. Nem teria a mesma graça. Os originais são, por exemplo, Elvis Costello, Joe Jackson (“Easy Riding”) dos primeiros acordes, os Jam, os Squeeze (“Grin and Bear It”). E também os mais antigos Dr. Feelgood, papas do pub-rock, que os rapazes queriam imitar quando começaram a tocar, aos 16. E ainda, imagine-se, Bo Diddley, influência muito respeitável, homenageado em “Oh Cruel World”. Na prática, o que os rapazes praticam é uma new wave completamente fora de tempo, mas bem esgalhada. Obviamente, com a desvantagem de ser um quase pastiche, mas com o mérito da alegria que só a honestidade (meia bola e força) pode alcançar. “(I Need a Break From) Holidays” estica-se quase até ao punk (aquela batida, aquelas guitarras), mas o resto é bem mais estilizado, apesar de enérgico. Ao terceiro disco, a fórmula destes irlandeses parece aguentar-se.
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