Não há lugar a contemplações. Mesmo “Troubles”, que chega de mansinho, guitarra dedilhada e voz espessa, o resto dos instrumentos a entrarem no ritmo, com tempo, acaba por explodir, a meio caminho, com a voz a elevar-se e a guitarra (as guitarras...) a soçobrar à batida pesada e suja das peles e do baixo. Sem contemplações. Nos outros cinco temas de que é feia a estreia do Huggs não há sequer a contemplação inicial. “Cocaine”, feito para rodar, é directo desde o primeiro segundo, como o são os grandes temas do punk. Duarte Queiróz (guitarra e voz) e Jantónio (bateria) são o núcleo da banda, a que se juntou, primeiro no estúdio e agora ao vivo, Guilherme Correia (baixo). “Take My Hand”, uma valsa punk algures entre os Walkmen e os Strokes, já andava por aí há uns meses e a rodagem dos festivais terá feito o resto, num disco de estreia invulgarmente consistente para estas paragens. Começo auspicioso.
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