Um disco que tinha tudo para dar certo. Aconteceu. Diogo Clemente é filho de fadista, cantou fado na adolescência, passou pelo Conservatório Nacional, acompanhou Carlos do Carmo em palco e, nos últimos anos, já nos bastidores da produção, deixou o seu nome associado a discos de António Zambujo, Ana Moura, Carolina Deslandes, Bárbara Tinoco, Carminho, Mariza, Raquel Tavares ou Sara Correia. E, no entanto, este primeiro disco em voz própria, não estava programado. Nasceu de um livro de poemas, com o mesmo título, do qual foram saindo estas canções, que o autor considera demasiado intimistas para serem cantadas por outras vozes. O registo, como se esperaria, vai do fado (“Senta-te à Mesa” – uma das duas únicas canções não integralmente de sua autoria), à música de raiz africana (“A Pequena”), ou ao jazz latino (“Sempre”). E vai da extrema simplicidade de uma guitarra baixo ou de nylon a quartetos de cordas. Sofisticado, como seria de esperar.
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