Esta mulher cansa. A sério, este começa a ser um comentário relativamente frequente entre os não fiéis. Isso notou-se nas apreciações ao segundo disco (Cerimonials), após a surpresa de Lungs (2009), e confirma-se neste Unplugged. O grande dom de Florence Welch é aquela voz potente, que projecta com inusitada estridência. O problema é que o esquema repete-se canção atrás de canção –desunha-se a gritar e tudo à sua volta são bombos e outros intrumentos pouco meigos. Coisa para se ouvir num estádio, e dos grandes, pelo que a ideia de testar o formato acústico comportava sérios riscos. E não é que não funciona... Não surpreende e essa é a ideia desta série – despir as canções, mostrá-las por dentro. Se a orquestração serena um pouco, à custa de harpas e pianos, a voz, essa continua a vibrar por todo lado. As versões, de Otis Redding e Johnny Cash, são submetidas ao mesmo tratamento e o resultado é decepcionante.