69+15=84? Bom, na verdade, não é bem assim, porque falta fazer ali uma ligeira operação de substração. Descodificando: Love At The Bottom Of The Sea é, não apenas o melhor disco dos Magnetic Fields desde 69 Love Songs (1999), mas é quase a sua continuação. Voltamos à omnipresença dos computadores – ausentes das três últimas gravações, centradas nas guitarras – e às canções curtíssimas (a maior tem 2’39’’). O tema é, adivinharam, o amor, sempre o amor, agarrado daquela forma que só Stephin Merritt parece conseguir – as coisas nem sempre correm bem, mas é preciso encarar isso com uma dose razoável de humor (“God Wants Us To Wait”). “Andrew In Drag” e “I Go Anywhere With Hugh”, por exemplo, poderiam estar no disco de 69, perdão, 99. É claro que, na comparação, este disco perde, precisamente porque não consegue crescer a partir da continuidade. Mas, enfim, a ideia de voltarmos aos lugares onde já fomos felizes é desafiante quanto baste.