Comecemos pelo mais importante. Pedir desculpa a alentejanos
e algarvios pela brutal invasão de que foram alvo por alturas da Fundação.
Respeite-se, pois, o pedido de Carlos Santana na capa do novo disco – que todos
os povos invasores do mundo sigam os exemplos da Austrália e dos EUA e peçam
desculpa aos nativos que oprimiram. Satisfeito este preceito, informe-se o
senhor Carlos Santana que, sim, a prova de vida está superada e pode prosseguir
para bingo e editar o próximo disco, o 37.º da sua carreira. Este, o 36.º, é
excelente porque põe fim ao ciclo altamente foleiro, em que resmas de cantores
de duvidosa craveira eram convidados para garantir lugar nos tops, e marca o
regresso aos velhos instrumentais bem esgalhados do início de carreira. Sendo
excelente por isso, não deixa de ser a enésima versão dessas baladas e
guitarradas de antanho. A que nem falta a citação (três notas apenas...) do
famoso “Samba Pa Ti”...