Um dos segredos mais bem guardados da música pop está na secção rítmica e no modo como o baixo e a bateria emulam o bater do coração. Ora compassado, em ritmo natural, ora acelerado por qualquer excitação temporária. Se ainda não há estudos científicos sobre isto, deveria haver, e os Kings of Leon bem poderiam doar o corpo à ciência. A batida é uma das principais características deste tipo de música, deliberadamente desenhada para os grandes estádios e para aquelas baterias de holofotes frenéticas. É fácil: pega-se numa boa dose de Strokes (“Around the World”), junta-se-lhe U2 (“Waste a Moment” – ouçam os primeiros segundos...) e chama-se Markus Bravs, produtor – voilá! – dos Coldplay e dos Mumford & Sons, e temos a coisa garantida. O sétimo disco é relativamente idêntico ao sexto e aparentado ao quinto. Não convém recuar muito, ou ainda de percebe que os King of Leon são apenas mais uma banda indie que soçobrou aos cifrões. Acontece muito.
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