Têm chegado à nossa equipa de consultores várias mensagens que podem resumir-se a isto: “Mestres, devo comprar a reedição do Sgt. Peppers? É que já tenho tantas... é só mais uma, não é?”
Não, não é. Passado meio século sobre a sua edição – é disso que trata a presente comemoração -, é já seguro afirmar que se trata de um feito inultrapassável. Notem bem, 50 anos é muito ano e tentativas não faltaram. Só que aquele equilíbrio perfeito entre génio e técnica, aventura e pés no chão, loucura e clarividência, é simplesmente único e, sim, inultrapassável. E a partir de agora – esse é o ponto – ainda mais o será. Giles Martin, filho de George, o “quinto beatle”, pegou nas gravações mono originais e misturou tudo de novo, mas em estéreo (o estéreo já existente era bastante fatela...). E é todo um novo mundo de sons, com os instrumentos muito definidos e bem localizados. As guitarras, essas, são uma maravilha...
Portanto, só isso já seria muito bom, e há até uma edição “só” com isso. Mas o que vale mesmo a pena é procurar um dos muitos formatos (tudo depende da bolsa...) em que surgem os vários extras, basicamente gravações de teste. E é simplesmente fabuloso ouvir aqueles quatro à procura do registo certo. Por exemplo, as várias versões de “Strawberry Fields Forever” (gravada para surgir no Sgt. Peppers, mas que acabou por sair, antes, num single).
Ouvem-se algumas destas versões e imagina-se facilmente como o disco de 67 poderia ter sido diferente de tantas maneiras e todas elas muito boas. Ou então o take 8 da reprise da canção que dá nome ao disco, que na prática é uma versão ao vivo, exemplar do que poderiam ter continuado a ser os Beatles se a história tivesse sido outra. Comprar? Mas alguém duvida?
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