E tu, diz lá, se fosses um ex-Beatle, que farias tu? Sim, dá para viver, upa upa, dos rendimentos. Mas depois há aquele tédio de ficar todos os dias pasmado a ver o sol mergulhar no mar... Vai daí, chamas os amigos, gravas umas canções, divertes-te (mas, atenção, nada de exageros...), ganhas mais uns cobres, porque, convenhamos, um disco de um-Beatle vende-se, mesmo que a embalagem venha vazia. E depois, oh luxo, até podes fazer umas digressões, para te divertires (sim, sem exageros...) e, isso mesmo, ganhar mais uns cobres. Tem sido esta a vida e obra de Ringo Starr, um rapaz que canta mesmo sem voz, e que tem, vá lá, a quarta classe completa na categoria dos bateristas. Este é o 19.º disco do artista, não muito diferente do primeiro: rock’n’roll, blues, country, amigos (McCartney), interpretações competentes (menos a voz, claro). A cada disco, Ringo consolida a invejável posição de quarto Beatle. Não é para qualquer um.
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