David Fonseca assinala 20 anos de carreira – “Silence Becomes It”, o primeiro dos Silence Four, foi lançado em 1998 – com uma homenagem àquela que é (ainda?) a melhor amiga da música: a rádio. Não há sentimentalismos, ou nostalgia, num disco, longo, que se desenvolve em duas frentes: temas curtos, evocativos da rádio, que funcionam como jingles; e canções de formato mais convencional. Os primeiros são pequenos divertimentos, que giram à volta de um ritmo (a dançante “Blah-Blah-Blah”), ou de uma frase (“C’Est Pas Fini”), ou que remetem diretamente para a rádio (leitura de textos e instrumentais, em “A New Wave”). Nas canções propriamente ditas, temos o David Fonseca clássico (a balada “Closer, Stronger”, ou “Oh My Heart”, single evidente), mas atento às tendências dos tops anglo-saxónicos (“Get Up” e “Anyone Can Do It”). Como de costume, David compõe tudo, toca tudo e canta tudo, privilegiando a massa sonora de ritmos e teclas, em detrimento das guitarras e alguma respiração.
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