Esse arco indefinível que une o fado, a morna, o samba. Música tão portuguesa, por ser ângulo desse arco, mas também universal, sem fronteiras, de estilo ou linguísticas. Madalena Palmeirim abalança-se na primeira aventura em nome próprio, após uma década de estúdio e estrada, ora com o irmão, Bernardo, no projecto Nome Comum (“Cuco”, 2015), ora com outras companhias, como Francisca Cortesão e Mariana Ricardo (Minta & The Brook Trout e They’re Heading West). Todos eles se juntam agora a Madalena, e ainda Carlos Barretto, com o seu doublebass em dois temas, e o brasileiro Momo, no dueto de “Solidão”, uma das tais canções que voa sobre o Atlântico. A outra mais descarada é “M´Câ Sabê”, uma morna cabo-verdiana construída sobre um fado. Fado que aliás surge logo de seguida, com balanço tropical, em “Teus braços de embalar”. E depois há as canções em inglês, mais cosmopolitas, com milimétrica e elegante encenação vocal e instrumental.
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