Convenhamos. Não podemos exigir sempre temas de abertura como “Is This It” (2001), ou “You Only Live Once” (2006). Mas “The Adults Are Talking” não é propriamente de se deitar fora. A banda quebra o silêncio de sete anos com aquele que é seguramente o seu melhor disco desde a trilogia inicial. O primeiro single, “At The Door”, uma quase balada, sem bateria e quase só teclas, deixou algumas angústias no ar. É um tema de palco, para grande encenação, mas faltavam-lhe os famosos “riffs” de guitarra e a bateria entusiasmada, imagem de marca destes nova-iorquinos. Guitarras e bateria, afinal, não faltam por aqui, em temas que remetem em permanência para os grandes momentos do passado, como em “Brooklyn Bridge to Chorus” ou “Bad Decisions”. Há, claro, alguma palha, como “Not The Same Anymore”, mas não chega para ensombrar o regresso. Só fica por esclarecer a presença de Rick Rubin, produtor que normalmente sinaliza inflexões assinaláveis de trajeto, o que não é, de todo, o caso. Se o passado é um local confortável para regressar, porque não uma escapadinha de vez em quando?
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