Aline Frazão - Uma música angolana ****

O regresso de Aline Frazão aos discos faz-se num registo de alegria e festa. Após o mais intimista e sereno “Dentro da Chuva”, de 2018, a música angolana – sim, música, o feminino de músico – rodeou-se de conhecidos e mais longínquos companheiros de ofício para uma celebração. Estávamos no segundo semestre de 2021 e já se antevia o fim da clausura da pandemia, havia, pois, que celebrar. Neste quinto disco, fica ainda mais evidente a triangulação que Aline realiza entra a Angola natal, Portugal de acolhimento e Brasil como ponto de união. Quase se sente a presença de Elis a certos passos de “Batuku”... O disco abre com “Luísa”, a celebração de todas as mulheres num nome. Tem convidados de origens várias e temas, também eles, de várias origens. “Valsa da Libertação”, que Ricardo Ribeiro musicou a partir de Pedro Homem de Mello, surge em simultâneo no novo disco de Dulce Pontes, embora quase irreconhecível.

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