Há discos que pedem de nós mais do que lhes podemos dar.
Este talvez seja um deles. Neste cantinho da Europa, há lá paciência para
darmos atenção a quatro maduros da Carolina do Norte, tão taradinhos por bluegrass que só ao quinto disco
juntaram uma tímida bateria e um discreto piano à plêiade de instrumentos
acústicos de que se rodeiam?
Pois é. Mas fazemos mal. Sai por isso uma proposta: perca
quatro minutos da sua vida e ouça com atenção uma destas canções. Pode ser, por
exemplo, “Alone In New York”. Ouve o extraordinário trabalho instrumental? E as
harmonias vocais? E a história, ela própria? E no género balada linda que se
farta há ainda “Crop Comes In”, talvez a melhor canção do disco. Aos
coleccionadores de canções peculiares sugere-se “Ringing In My Ears”, em que
poderão ouvir, num ambiente a atirar para o blues, excertos de canções de Paul
Simon, Elvis, George Harrison, Willie Nelson…